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Sanemix Ribeirão Preto

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Controle de Pombos

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Ribeirão Preto

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 
 

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Ribeirão Preto
  Município do Brasil
Montagem de Ribeirão Preto.png
Símbolos
Bandeira de Ribeirão Preto
Bandeira
Brasão de armas de Ribeirão Preto
Brasão de armas
Hino
LemaBandeirantum ager
“Ação dos Bandeirantes”
Apelido(s)“Capital Nacional do Agronegócio[1]
Califórnia Brasileira[2]
Gentílicoribeirão-pretano
Localização
 
Localização de Ribeirão Preto em São Paulo

Localização de Ribeirão Preto em São Paulo

Mapa de Ribeirão Preto

Coordenadas21° 10′ 40″ S 47° 48′ 36″ O
PaísBrasil
Unidade federativaSão Paulo
Região metropolitanaRibeirão Preto
Municípios limítrofesSul: Guatapará;
Sudeste: Cravinhos;
Norte: Jardinópolis;
Leste: Serrana;
Oeste: Dumont;
Noroeste: Sertãozinho;
Nordeste: Brodowski
Distância até a capital315 km[3]
História
Fundação19 de junho de 1856 (163 anos)
Administração
Distritos
Prefeito(a)Duarte Nogueira (PSDB, 2017 – 2020)
Características geográficas
Área total [5]650,916 km²
População total (Estimativa Populacional IBGE/2019[6])703 293 hab.
 • PosiçãoSP: 7ºAumento
Densidade1 080,5 hab./km²
Climatropical semiúmido (Aw)
Altitude546 m
Fuso horárioHora de Brasília (UTC−3)
CEP14000-001 – 14109-999[4]
Indicadores
IDH (PNUD/2010[7])0,789 — alto
 • PosiçãoSP: 22°
PIB (IBGE/2017[8])R$ 35 315 843 mil
 • PosiçãoBR: 21ºAumento
PIB per capita (IBGE/2016[8])R$ 51 759,84
Outras informações
Padroeiro(a)São Sebastião[9]
Websitewww.ribeiraopreto.sp.gov.br (Prefeitura)

Ribeirão Preto (pronúncia em português: /ʁibejˈɾɐ̃w ˈpɾetu/) é um município brasileiro no interior do estado de São PauloRegião Sudeste do país. Pertence à Mesorregião e Microrregião de Ribeirão Preto, localizando-se a noroeste da capital do estado, distando desta cerca de 315 km. Ocupa uma área de 650,916 km², sendo que 127,309 km² estão em perímetro urbano.[10] Sendo a cidade-sede da Região Metropolitana de Ribeirão Preto (RMRP). Com 703 293 habitantes, é a nona cidade mais populosa do País sem contar as capitais – no geral é a 27ª e no Estado é a sétima, contando a capital paulista, segundo estimativa populacional calculada pelo IBGE para 2019. A população ribeirão-pretana cresceu 1,26% em relação ao número do ano passado, este índice é superior ao nacional, de 0,79% e também está acima do estadual, de 0,83%.[11][12]

A sede tem uma temperatura média anual de 23,2 °C e na vegetação original do município predomina a mata Atlântica. Com 99,7% de seus habitantes vivendo na zona urbana, o município contava em 2009 com 95 estabelecimentos de saúde (SUS). O seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é de 0,800,[7] considerando-se assim como elevado em relação ao país, sendo o vigésimo segundo maior do estado.[13] Várias rodovias ligam Ribeirão Preto a diversas cidades paulistas, tais como a Rodovia Anhanguera e a Rodovia Cândido Portinari, havendo ainda disponibilidade de ferrovias e um aeroporto, denominado Doutor Leite Lopes.

Ribeirão Preto foi fundada em 1856, neste período a região recebia muitos mineiros que saíam de suas terras já esgotadas para a mineração e procuravam pastagens para a criação de gado. No começo do século XX, a cidade passou a atrair imigrantes, que foram trabalhar na agricultura ou nas indústrias abertas na década de 1910. O café, que foi por algum tempo uma das principais fontes de renda, se desvaloriza a partir de 1929, perdendo espaço para outras culturas e principalmente para o setor industrial. Na segunda metade do século XX foram incrementados investimentos nas áreas de saúdebiotecnologiabioenergia e tecnologia da informação, sendo declarada em 2010 como “polo tecnológico“. Essas atividades atualmente fazem com que Ribeirão Preto tenha o 21º maior PIB brasileiro.[14]

Além da importância econômica, o município é relevante centro de saúde, educação, pesquisas, turismo de negócios e cultura do Brasil. O Parque Prefeito Luiz Roberto Jábali, o Parque Maurílio Biagi e o Bosque-Zoológico municipal, configuram-se como importantes áreas de preservação ambiental, de recreação e passeios, enquanto que a Choperia Pinguim, o Teatro Pedro II e o Estúdios Kaiser de Cinema, são relevantes pontos de atividades culturais e de visitação por turistas. A cidade possui dois grandes eventos(feiras), a Feira Nacional do Livro de Ribeirão Preto e a tradicional e famosa Agrishow, que movimentou em 2019, mais de R$ 2,9 bilhões, atraindo público (nacional e internacional) de 159 mil visitantes.[15] Segundo o IPC Maps 2019, Ribeirão Preto ocupa a 16ª posição no ranking nacional de potencial de consumo e o 4º lugar no ranking estadual.[16] Em 2019, o Governo do Estado de São Paulo, criou doze polos de desenvolvimento econômico com pacotes de be­nefícios setoriais para a indús­tria. Ribeirão Preto está em quatro deles: no de Agritech, Aeroespa­cial e Serviços Tecnológicos, no de Metal-metalúrgico, Má­quinas e Equipamentos, no de Saúde e Farma e no da indústria de Papel, Celu­lose e Reflorestamento.[17][18][19]

História

Primórdios

 

Representantes dos índios Caiapós, nativos moradores da área da atual cidade.

Até o século XIX a região era povoada exclusivamente pelos índios Caiapós, que se dispersavam por algumas aldeias onde cultivavam pequenas plantações de milho e mandioca, vivendo ainda da caça, da pesca, da coleta de mel e frutas nativas como a jabuticaba, o araçá e o maracujá. Porém com o passar do tempo o lugar passou a ser dominado pelas fazendas de forasteiros. O apossamento das terras foi pacífico, sendo que aos poucos elas foram sendo legitimadas e consolidadas por heranças.[22]

Segundo consta em registro, o primeiro dono e doador de terras foi José Mateus dos Reis, dono da maior parte da Fazenda das Palmeiras, fez a primeira doação de terras no valor de 40 mil reis, “com a condição de no terreno ser levantada uma capela em louvor a São Sebastião das Palmeiras”. Em 2 de novembro de 1845, no bairro das Palmeiras, era fincada uma cruz de madeira como tentativa de demarcação de um patrimônio para a futura capela de São Sebastião.[23] Com esta, surgiram outras doações objetivando ampliar o patrimônio da capela, doações que foram anexadas à primeira feitas por José Alves da Silva (quatro alqueires), Miguel Bezerra dos Reis (dois alqueires), Antônio Bezerra Cavalcanti (doze alqueires), Alexandre Rosa dos Santos (dois alqueires), Mateus José dos Reis (dois alqueires), Luís Gonçalves Barbosa (um alqueire), Mariano Pedroso de Almeida (um alqueire), Joaquim Rosa Bezerra (um alqueire) e outros. Ribeirão Preto fazia parte do território do município de São Simão,[24] e do mesmo município faziam parte DumontGuataparáBonfim Paulista (atual distrito), entre outros vilarejos e cidades.[22]

A região recebia muitos mineiros, que saíam de suas terras já esgotadas para a mineração e procuravam pastagens para a criação de gado. Muitos também vinham do Vale do Paraíba, em decorrência da Crise do Café, trazendo sementes dos cafezais que aos poucos passaram a fazer parte de uma parcela relevante da economia regional. Várias fazendas se formaram, e Ribeirão Preto se originou a partir da criação da Paróquia de São Sebastião. A data da criação oficial do município (19 de junho de 1856) foi decidida somente um século depois, pela lei Municipal nº 386 de 24 de dezembro de 1954, baseada em estudo do historiador Osmani Emboaba da Costa.[25]

Após a emancipação

 

Alberto Santos Dumont viveu em uma fazenda em Ribeirão Preto durante a sua juventude.

Um importante fator que contribuiu para o desenvolvimento do município foi a chegada da linha férrea da Mogiana em 1883, que possibilitou a expansão da cultura cafeeira que existia desde 1870. A expansão do café levou a um crescimento da população que passou de 5 552 pessoas (sendo 857 escravos) em 1874, para 10 420 (1 379 escravos) em 1886. Em 1887, a Câmara Municipal de Ribeirão Preto realizou um dos atos de maior relevância de sua história, pois os vereadores aprovaram, por unanimidade em 3 de agosto daquele ano, a libertação dos escravos em Ribeirão Preto, antes mesmo da entrada em vigor da Lei Áurea, assinada em 13 de maio de 1888.[23]

Depois da assinatura da Lei Áurea que extinguiu a escravidão no Brasil, o governo da província de São Paulo passou a estimular a vinda de imigrantes europeus, provocando em Ribeirão Preto um grande aumento populacional, passando para 59 195 habitantes em 1900, um crescimento muito maior do que o registrado nos outros municípios da região durante esse período. Calcula-se que 33 199 dos 52 929 habitantes eram de origem estrangeira em 1902, sendo 83,7% italianos, 7,9% portugueses, 5,1% espanhóis e 1,7% austríacos.[23] Muitos dos imigrantes viviam nas terras do antigo Núcleo Colonial Antônio Prado, criado pelo governo em 1887 para receber estes imigrantes para produzirem alimentos e oferecerem serviços no município. Este antigo núcleo colonial deu origem aos atuais bairros do Ipiranga, Campos Elíseos, Sumarezinho e outros bairros da zona norte e leste da cidade[26]. Esse contingente populacional foi importante para a urbanização e desenvolvimento do município, pois muitos imigrantes já eram acostumados com a vida urbana e possuíam uma mentalidade empreendedora, criando novos estabelecimentos comerciais e industriais no município, transformando Ribeirão Preto, que era até então uma simples vila agrícola.[23]

Vale destacar que em 1879 a família Dumont mudou-se de Valença (RJ) para Ribeirão Preto, onde se estabeleceu na Fazenda Arindeúva, ocupando-se com plantio e beneficiamento de café, através da empresa Dumont Coffee Company. Trazidos por seu patriarca Dr. Henrique Dumont, vieram sua esposa e seus oito filhos, dentre eles, um jovem chamado “Alberto Santos Dumont“. Após uma viagem que a família Dumont realizou para Paris em 1891, o idealizador Santos Dumont começou a despertar-se para área mecânica, principalmente para o “motor de combustão interna“, que culminou posteriormente com a construção de um balão (sem motor), que mais tarde chegou à criação de seu avião. Desde então, o jovem sonhador não parou mais de buscar alternativas, vindo a receber da Câmara Municipal de Ribeirão Preto, conforme Lei nº 100, de 4 de novembro de 1903, uma subvenção de um conto de réis para que prosseguisse as pesquisas que, três anos depois, resultaram na invenção do avião.[27]